Muito resumidamente, tirei uma licença sem vencimento e agarrei nos meus trapinhos e lá fui eu para o norte da Escócia, onde judas perdeu as meias depois de ter perdido as botas. Isto porque não consegui viver com um e se. Ele estava constantemente a mandar email amorosos, e a dizer o quanto se sentia vazio sem mim, bla bla bla... Mesmo sendo muito prática este tipo de email amolecia-me o coração e quanto mais o tempo passava mais eu sentia a sua falta. Nunca senti algo assim... Uma dor na barriga a cada instante que pensava nele. Sempre ouvi dizer que o tempo curava tudo... Já me imaginava a casar naqueles castelos em Inverness com um noivo de kilt com uma espada à cintura, todos a brindarem com pints e a terminarem a noite com porrada. Olhem pra mim a ser condecorada com uma espada pelo o padre. Voltando à terra, sabia que ao pedir a licença o mais certo era eu voltar e encontrar outra pessoa na minha secretária mas que fazer? Segui o coração. E quando lá cheguei ele esperava-me na paragem de autocarro (sim aquilo fica mesmo no fim do mundo). Tinha feito a barba para me receber. Que querido! Por acaso esperava assim, sei lá, qualquer coisita. Não estava a espera de nenhuma orquesta nem tapete vermelho, mas um ramo de flores ia me fazer sentir bem-vinda. Mas também não se pode esperar muito de pessoas que moram no fim do mundo. Ele apesar de carinhoso e um tanto misterioso é um pouco rude, mas é mesmo deles. Não são muito dados a essas coisas. Que fazer?
Wednesday, April 23, 2008
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